A cada dia que sai uma revelação de Eduardo Pazuello na CPI da Covid, fica claro o submundo do governo Bolsonaro. Em seu depoimento, o ex-ministro não respondeu quem foi responsável pela indicação do advogado que defendeu milicianos do Rio de Janeiro para ser assessor especial do ministério da Saúde, em abril de 2020.
Teria caído de paraquedas no cargo o advogado criminalista Zoser Plata Bondim Hardman de Araújo? Parece que não. Em maio de 2020, o site Congresso Em Foco noticiou a contratação.
E ainda mostrou a “folha corrida” do rapaz com seus clientes: ex-PM Ricardo Teixeira Cruz, conhecido como Batman, foi condenado por comandar uma milícia na zona Oeste do Rio; ex-vereador carioca Cristiano Girão, cassado e preso por chefiar uma milícia na Gardênia Azul (investigado como suspeito de ser mandante do assassinato de Marielle Franco); tenente Daniel Benitez, condenado a 36 anos de prisão pelo assassinato com 21 tiros da juíza Patrícia Acioli, em 2011, por combater milícias e grupos de extermínio.
Com tudo isso, Pazuello desconversou, mas ao ser peguntado pelo senador Renan Calheiros (MDB-AL), disse: “Dr. Hardman, ele já era conhecido de um dos oficiais que veio comigo, e apresentou o Dr. Hardman como um candidato a trabalhar na nossa equipe”.
Mais adiante, Calheiros perguntou se o general ainda tinha contato com o advogado. “Tenho, o Dr. José [referindo-se a Zoser], pro bono, ele permaneceu me auxiliando na organização das nossas documentações para apresentar aqui”, respondeu.
Incrível o general ainda ter contratado Zoser Hardman para lhe defender na CPI, mesmo conhecendo sua história. Trata-se de um caso de polícia.
Com informações do Diário do Centro do Mundo
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