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Bolsonaro é acionado na Justiça por garimpo ilegal no Rio Madeira

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Bolsonaro durante visita a uma região de garimpo ilegal, em outubro

Após as denúncias na imprensa sobre o garimpo ilegal no Rio Madeira, os deputados federais do PT Bohn Gass, Nilton Tatto e Alencar Santana acionaram o presidente Jair Bolsonaro, o ministro do Meio Ambiente, Joaquim Leite, e o presidente do Ibama, Eduardo Bim, junto à Procuradoria Regional da República do Distrito Federal.

Os parlamentares levaram ao órgão uma representação em que os acusam de cometer improbidade administrativa no caso do avanço de mais de 300 balsas de garimpo ilegal no Rio Madeira. A invasão dos garimpeiros na região de Autazes, a 113 quilômetros de Manaus, e a mobilização prévia das balsas antes da chegada da Polícia foi revelada pelo jornal “Estadão”. Eles apontam a falta de ações do governo federal, que não tomou medidas contra o absurdo.

“A inércia diante do garimpo ilegal é tão ultrajante quanto a permissividade dos crimes ambientais que nossas florestas (flora e fauna) sofrem constantemente pela ausência de políticas de proteção ao meio ambiente. É deplorável assistir a cena de um grupo de cerca de 300 balsas alocadas numa ponta de rio, operando seu maquinário, sem se importar com a necessidade de licença ambiental, sem ligar para os riscos e prejuízos que estão a causar para a comunidade local, apenas fazendo o que tem de costume, já que não há fiscalização ou medidas que os impeçam de continuar. É vergonhoso o Brasil admitir uma situação como essa”, afirmam os deputados na peça.

LIBERADO PARA TRAFICANTES

Outro absurdo nesse episódio é que dois traficantes, apontados pela Polícia Federal como chefes de organizações criminosas, ganharam o direito de explorar uma área de mais de 810 hectares de garimpos de ouro na Amazônia. Heverton Soares, o “compadre Grota”, aparece nos registros do governo federal como detentor de 18 permissões de lavras garimpeiras, as chamadas PLGs, que abrangem um terreno de 762 hectares. Silvio Berri Júnior consta como detentor de uma PLG de 48 hectares. Júnior ficou conhecido nos anos 2000 por ser o principal piloto de avião do narcotraficante Luiz Fernando da Costa, o Fernandinho Beira-Mar.

Com informações de O Globo

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