O modelo adotado pelo Ministério da Saúde para a distribuição de imunizantes fez a Bahia deixar de receber pelo menos 860 mil doses de vacinas contra a Covid-19. O levantamento foi feito pela Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (Sesab). O estado é o segundo do país com a maior defasagem, atrás do Pará, que deixou de receber 1,2 milhão de imunizantes.
Em julho, o então titular da Sesab, Fábio Villas-Boas, cobrou a mudança no critério, que leva em conta a distribuição por grupos prioritários ao invés da população dos estados. “Precisamos que o critério de distribuição das vacinas seja revisto pelo Ministério da Saúde. A Bahia representa cerca de 7% da população brasileira. Neste cenário, deixamos de receber pelo menos 750 mil doses da vacina contra a Covid-19”, afirmou à época.
Estudo feito pelo portal UOL apontou que o déficit na distribuição dos imunizantes tem afetado majoritariamente estados do Norte e do Nordeste. Pela falta de equiparação populacional do PNI (Programa Nacional de Imunizações), São Paulo, líder no recebimento, recebeu 57% a mais de vacinas do que o Amapá, último no ranking.
Dados levantados até o último dia 2, mostram que São Paulo recebeu 48 milhões de doses, o que equivale a 1,04 dose por habitante, enquanto o Amapá recebeu 571 mil doses, 0,66 dose por habitante. A Bahia recebeu 11.329.910 doses para uma população de 14.930.634 milhões, o que equivale a 0,76 dose por habitante.
Com informações do A Tarde
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