Assunto quase esquecido no Brasil, o tráfico de cocaína nos aviões da Força Aérea Brasileira (FAB) teve um importante capítulo nesta segunda (18): a Polícia Federal (PF) prendeu Marcos Daniel Gama, empresário de Brasília conhecido como Chico Bomba. Ele é acusado de chefiar o tráfico de cocaína para Europa usando aeronaves da (FAB).

O episódio que ganhou repercussão mundial foi o da apreensão de 39 kg de pasta base de cocaína por autoridades espanholas no aeroporto de Sevilha, em 2019, que estavam na aeronave da comitiva presidencial de Jair Bolsonaro.

A Justiça Militar expediu o mandado de prisão após o investigado ser acusado de ameaçar testemunhas do inquérito. A detenção do suposto traficante deu-se em sua residência, uma mansão no Lago Sul, uma das áreas mais caras e luxuosas da capital federal.

O CASO SEVILHA

No dia 25 de junho de 2019, o sargento da Aeronáutica Manoel da Silva Rodrigues foi preso na alfândega do aeroporto de Sevilha, na Espanha, quando tentava desembarcar com uma bolsa. Nela haviam 39 kg de pasta base de cocaína, transportada a partir do Brasil num dos aviões da FAB que formavam a comitiva presidencial de Jair Bolsonaro, que se deslocava para o Japão, onde seria realizada uma reunião do G20.

O militar assumiu que aquela era a sétima vez que traficava drogas para a Europa nos aviões da FAB, voltados a servir altas figuras da República. Silva Rodrigues foi condenado a seis anos de prisão pela Justiça da Espanha e recebeu uma multa de € 2 milhões.

Com informações da Revista Forum