Em 2021, a arrecadação do total de impostos, contribuições e demais receitas federais atingiu R$ 1,87 trilhão. Trata-se do maior recolhimento em um ano de toda a série histórica, iniciada em 1995. A informação é da Receita Federal.
Isso representa um crescimento real (já descontada a inflação) de 17,36% na comparação com os R$ 1,479 trilhão de 2020, ano que ficou marcado pelo começo da pandemia de covid-19 e seus efeitos recessivos na economia.
O resultado pode ser explicado, principalmente, por destaques na arrecadação de impostos como a Cofins e o PIS/Pasep, impulsionados pela alta dos combustíveis no ano. Juntos, esses tributos apresentaram arrecadação conjunta de R$ 36,4 bilhões.
O Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) também foi apontado como um tributo de relevância na composição do resultado. Sozinho, o IOF acumulou R$ 5,6 bilhões, representando acréscimo real de 135,47% em relação ao arrecadado em 2020. O Imposto de Renda das Pessoas Jurídicas e a Contribuição Social Sobre o Lucro Líquido totalizaram arrecadação de R$ 393,1 bilhões.
Em um país de contrates, a pobreza cresceu junto com a arrecadação do governo. Estudo publicado em abril do ano passado, pelo Centro de Pesquisa em Macroeconomia das Desigualdades da Universidade de São Paulo (Made/USP), revela que a taxa de pobreza atingiria 28,9% (61,1 milhões de pessoas) ao final de 2021.
RESUMO DA ÓPERA – A lógica da administração pública é o governo retornar os impostos arrecadados da população em servços públicos bons para melhorar a vida das pessoas. A pobreza crescer junto com a arrecadação federal revela a ligação entre a desigualdade e a opção que faz quem comanda a economia e a polítca de um país na hora de direcionar os recursos públicos.
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