Em mais uma live cheia de vídeos e conteúdos que já foram desmentidos por veículos investigativos, o presidente Jair Bolsonaro atacou, sem provas, o sistema eleitoral. Mas, desta vez houve reação imediata no Supremo Tribunal Federal (STF) e no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Segundo a colunista da Folha, Mônica Bergamo, o presidente foi chamado de “moleque” por um dos magistrados do STF, e teve o apoio e a concordância de outros colegas. Reação igual na contundência no TSE, integrado por três ministros do STF (Luís Roberto Barroso, Edson Fachin e Alexandre de Moraes).
Por conta de insistentes ataques e disseminação de inverdades, o TSE tem colocado sua assessoria de imprensa ativa. Além de usar o Twitter para desmentir Bolsonaro em tempo real, a Secretaria compilou uma série de links e rebateu as alegações apresentadas pelo capitão, cheias de mentiras e suspeitas já seguidamente desmentidas por investigações feitas pela Polícia Federal ou pela própria corte.
Segundo um dos integrantes da corte eleitoral, as respostas do tribunal têm sido boas, mas não são suficientes para barrar as investidas de Bolsonaro contra as eleições. Durante a live do presidente, o TSE foi rápido e rebateu em série 18 alegações feitas pelo presidente. Os magistrados já falam em tomar medidas concretas com punição, inclusive no âmbito eleitoral, para que o presidente para de desacreditar as urnas eletrônicas e o próprio resultado das eleições.
RESUMO DA ÓPERA – As urnas eletrônicas foram implantadas no Brasil em 1996. Desde então Jair Bolsonaro foi eleito várias vezes nesse sistema e nunca contestou possíveis irregularidades. Coincidentemente, os ataques ao sistema eleitoral acontecem com a queda de popularidade do presidente e sua derrota apontada nas pesquisas eleitorais. Não podem o STF e o TSE observarem tantos absurdos do chefe do Executivo e não agir.
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