O crescimento de novos casos na Europa ligou o alerta de vários países, como o Brasil. A Anvisa publicou, nesta quinta (25), duas notas técnicas recomendando à Casa Civil do governo que a vacinação contra a Covid-19 seja obrigatória para entrada no Brasil por ar e terra. A segunda dose ou a dose única da vacina deve ter sido dada pelo menos 14 dias antes da entrada no país.
Atualmente no país não exige a vacinação. A entrada de estrangeiros por rodovias ou quaisquer outros meios terrestres está proibida, com algumas exceções. A recomendação da agência é, no futuro, só permitir a entrada de pessoas por este modal se estiverem vacinadas.
“A inexistência de uma política de cobrança dos certificados de vacinação pode propiciar que o Brasil se torne um dos países de escolha para os turistas e viajantes não vacinados, o que é indesejado do ponto de vista do risco que esse grupo representa para a população brasileira e para o Sistema Único de Saúde”, pontuou a Anvisa em uma das notas.
O portal g1 questionou a Casa Civil se a recomendação será acatada, mas ainda não recebeu resposta. Em nota, o Ministério da Saúde disse que “os critérios para a entrada de estrangeiros ou brasileiros vindos do exterior são elaborados de forma integrada e interministerial, visando sempre a segurança e o bem-estar da população brasileira”. Mas, a pasta não respondeu se a exigência do passaporte de vacina será colocada em prática ou não.
Para o infectologista Jamal Suleiman, do Instituto Emílio Ribas, em São Paulo, ligado à USP, a exigência de vacinação é uma das medidas que têm que ser adotadas pra minimizar o impacto da pandemia. “Primeiro, porque você pode, nesse tipo de situação, portar variantes que eventualmente não estejam nesse território. Você pode trazer essas variantes ou esses subtipos de um lugar pra outro. A gente deve agregar várias outras estratégias que possam minimizar o impacto disso, o que inclui vacinas, obviamente”, explica.
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