Em mais um confronto entre o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, e os secretários de saúde, o chefe maior do setor no País é desmoralizado. O Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) divulgou, nesta sexta (24), carta de Natal em que rejeita a obrigatoriedade de receita médica para a vacinação de crianças contra a Covid-19.
Assinada pelo presidente do Conass, Carlos Lula, a carta ironiza ao afirmar que crianças “não precisam ter medo de agulhas”, pois a imunização contra o coronavírus é segura e eficaz. “Eu sei que ninguém gosta de agulhas, mas vocês não precisam ter medo! Os cientistas do mundo inteiro apontam a segurança e eficácia da vacina para crianças! Ela inclusive já começou a ser aplicada em meninos e meninas de vários países do mundo”, pontuou o conselho.
O Conselho afirmou que “há quem ache natural” perder a vida das crianças para o coronavírus. Uma clara referência à fala do ministro, que reafirmou que a vacinação de crianças não é urgente, pois o patamar de mortes infantis “não implica decisões emergenciais”.
Segundo a Câmara Técnica de Assessoramento em Imunização da Covid-19, desde o início da pandemia, 1.449 crianças de 0 a 11 anos morreram de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG). “Com o Zé Gotinha, já vencemos a poliomielite, o sarampo e mais de 20 doenças imunopreveníveis. Por isso, no lugar de dificultar, a gente procura facilitar a vacinação de todos os brasileirinhos”, ressaltou o Conass.
NADA DE PRESCRIÇÃO
Ao final, o Conass rejeitou a obrigação de receita médica para a vacinação contra a Covid. A imunização será liberada a partir do próximo dia 10. “Quando iniciarmos a vacinação das nossas crianças, avisem aos papais e às mamães: não será necessário nenhum documento de médico recomendando que tomem a vacina”, finaliza a carta.
É, os secretários chamaram o Zé Gotinha para derrotar a Covid-19 e o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga.
Com informações do Metrópoles
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