Logo após a notícia da morte, nesta quarta (28), da ex-vereadora de Itabuna, Rosalina Molfi de Lima, aos 95 anos, parlamentares destacaram o seu papel histórico, político e social.
Única vereadora da Câmara Municipal, a vereadora Wilmaci de Oliveira (PCdoB) destacou o legado simbólico da única mulher que, até hoje, presidiu o Legislativo itabunense. “Na época de Rosalina, os vereadores nem recebiam remuneração. Ela assumiu a presidência tendo que se reinventar para exercer vários papéis sociais como o de mãe, dona de casa e educadora. Uma mulher decidida que pavimentou o caminho para todas nós”, declarou.
O protagonismo de Rosalina foi enfatizado pelo presidente Erasmo Ávila (PSD). “Em nossa galeria presidencial, o único rosto feminino é o de Rosalina. Mulher pioneira que dirigiu a Casa em tempos difíceis para o exercício pleno da democracia”, frisou.
RICA BIOGRAFIA
Primeira mulher a presidir a Câmara Municipal de Itabuna, Rosalina Molfi de Lima nasceu em 1° de junho de 1927, na cidade de São José do Rio Pardo, interior de São Paulo. Filha do casal Antônio e Amélia Molfi, Rosalina estudou os primeiros anos escolares em Campinas/SP. Casou-se com o pastor presbiteriano Abimael Monteiro de Lima, com quem teve 11 filhos.
No final da década de 40, desembarcou em Itabuna onde, casada e já com seis
filhos, ingressou no ensino superior. Rosalina lecionou filosofia da educação em colégios (públicos e particulares) e na Federação das Escolas Superiores de Ilhéus e Itabuna (Fespi), hoje Universidade Estadual de Santa Cruz. Na Uesc trabalhou por 30 anos, inclusive como chefe do Departamento de Educação.
Nos anos 1970, durante o Regime Militar brasileiro, candidatou-se a uma vaga no Legislativo de Itabuna, sendo eleita com 876 votos. Foi a terceira vereadora da história do Município, antecedida por Maria Rita Fontes e Otaciana Pinto.
Incentivada pelo prefeito José Oduque Teixeira, Rosalina disputou a presidência da Câmara. Eleita, tornou-se a primeira mulher (e única até o momento) a presidir o Legislativo itabunense (biênio 1973-1974).
Com a morte do marido, Rosalina mudou-se para a cidade de João Dourado, município de 25 mil habitantes no centro norte da Bahia. Aqui, Rosalina aposentou-se depois de ter exercido a docência e a direção escolar na rede pública estadual.
com informações da Câmara
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