Dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) mostram que houve um número maior de vereadoras eleitas. Cresceu 13% , proporcionalmente ao total de vagas para o cargo, entre as eleições de 2020 e de 2024,. Mesmo assim, os resultados mostram que as mulheres ainda terão que lutar muito para ocupar esse espaço político, mesmo sendo maioria da população e dos eleitores.
Itabuna é um extrato desse cenário que confirma a tese. A Câmara continuará com apenas uma mulher vereadora: Wilmaci Oliveira (PCdoB), que vai atuar ao lado de 20 homens. A reeleição com votação expressiva (2.770 votos) mostra que elas podem dar mais qualidade à política. A parlamentar foi a terceira mais votada no município.
“Meu desejo era que tivéssemos outras mulheres para termos mais força na luta pelas pautas femininas. Durante este primeiro mandato me senti só na defesa dos direitos e na busca por políticas públicas voltadas para as mulheres. Vou seguir sozinha, infelizmente, mas muito empenhada. Tenho a grande responsabilidade de representar as mulheres itabuneses”, enfatiza a também presidenta do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais (Sindserv).
Segundo Wilmaci, a luta das mulheres no Brasil tem contribuído para mudar várias realidades. “Os resultados deste ano confirmam que os desafios ainda são grandes. No setor privado, já ocupamos espaços importantes em muitas empresas, mas sofremos com salários menores e trabalhos mais precarizados. Isso exige mudança de mentalidade empresarial e muita luta do movimento sindical. Na esfera pública, as mulheres atuam mais politicamente, porém ainda é insuficiente para se refletir nas eleições. Os avanços nas leis (30% do fundo partidário e de vagas para candidaturas femininas) foram importantes, mas os partidos precisam fazer isso se ampliar e preparar mais quadros femininos para disputarem as futuras disputas eleitorais”, defende.
com informações de O Globo
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