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Wenceslau Júnior destaca lutas, trajetória e importância da Uesc

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Nessa segunda (6), a lei  que criou a Universidade Estadual de Santa Cruz – Uesc (nº 6.344/1991) completará 30 anos. Para marcar a data, a Câmara de Vereadores de Ilhéus realizou, na quinta (2), uma sessão especial requerida pelo vereador Cláudio Magalhães (PCdoB).

Presente no ato, falou sobre o tema o professor de Direito Wenceslau Júnior, que foi ex-vice-prefeito, ex-vereador de Itabuna e o presidente do Diretório Central dos Estudantes (DCE) na estadualização da Uesc.

“A Uesc é fruto da nossa luta e patrimônio social da região. Nasceu de lutas protagonizadas por várias pessoas em momentos distintos, numa grande construção coletiva que deixou marcas em nossas vidas”, iniciou, destacando o papel da Ceplac, que com a taxa de retenção e exportação do cacau, ajudou na construção do campus no terreno doado pela família Nabuco.

PAPEL DO PCdoB

Segundo Wenceslau, a Uesc mostra que uma universidade se constrói com pessoas, ideias e produção de conhecimento. E lembrou do papel do PCdoB, que retomava o movimento estudantil no fim da ditadura militar, com lideranças destacadas, como Davidson Magalhães, Gustavo Vieira, Fátima Freire e Renan Araújo.

“Eles foram designados para construir o partido no Sul da Bahia, no movimento sindical, na luta pela reforma agrária e dos estudantes. Davidson foi transferido do curso de Economia em Salvador para ajudar essa luta em Itabuna. Tornou-se professor e vereador no município. Era o líder político que orientava todo o trabalho. Dos nove presidentes do DCE, de 1982 até a estadualização da Uesc, apenas um não tinha relação com o PCdoB”, pontou.

O professor também lembrou de políticos importantes participaram do processo, como Haroldo Lima (deputado federal do PCdoB), Luiz Nova (deputado estadual do PCdoB), os prefeitos Ubaldo Dantas (Itabuna) e Jabes Ribeiro (Ilhéus).

“Além de professores, estudantes e funcionários da Fespi. E o então governador Waldir Pires que garantiu a gratuidade em 1988 e fez constar na Constituição do Estado da Bahia de 1989, que iria criar a Universidade Estadual de Santa Cruz. Na Bahia, nós tivemos a visão contrária do então governador Antônio Carlos Magalhães, que cedeu às pressões do movimento”, enfatizou.

Para Wenceslau, “é bom ver a grandiosidade alcançada e o futuro promissor que nos aguarda. A Uesc consolidou influência nacional, acolhendo estudantes de 26 estados, tem convênios de cooperação com 37 instituições de 19 países, além de intercâmbios internacionais.”

DESAFIOS

Ao final, ele falou do momento difícil do País, de negação da ciência, preconceito e violência de um governo fascista, que não representa o povo. “É importante resgatar essa história de luta de estudantes e professores que sonharam com a universidade pública, gratuita e de referência. Ajudaram a construir uma universidade que nos enche de orgulho”, destacou.

Para concluir, citou um poema do poeta itabunense José Delmo e falou de esperança. “Tenho fé que novos tempos virão, que a democracia vencerá e a Uesc continuará sendo essa grande instituição de ensino”, finalizou.

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