A complexidade do cenário político atual e de matérias legislativas envolvendo o Supremo Tribunal Federal (STF) está produzindo situações desconfortáveis na base do governo Lula. Nesta quarta (22), o voto do líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA), a favor da PEC que limita o poder individual dos ministros do STF, provocou um racha na liderança do governo.
Nos bastidores, um ministro qualificou Wagner como “o grande algoz” da votação. “Se tivesse sido jogo combinado, tudo bem, mas não foi. Ninguém entendeu nada”. A matéria foi aprovada com 52 votos favoráveis, três a mais do que o necessário. À exceção do senador baiano, todos os petistas votaram contra a proposta.
Parlamentares governistas dizem que a postura de Jaques arrematou até cinco votos favoráveis de senadores do PSD, entre eles de Otto Alencar (BA), Mara Gabrilli (SP) e Angelo Coronel (BA). Houve casos de senadores que estavam propensos a votar contra a matéria, mas não compareceram à sessão, como Omar Aziz (AM). O partido do presidente da Casa, Rodrigo Pacheco, que tem a maior bancada, também rachou durante a votação.
A posição de Wagner surpreendeu até mesmo ministros palacianos. Ministros do Supremo também relataram que foram pegos de surpresa. Um magistrado avalia que pode ser um ponto de inflexão na relação do STF com o governo Lula.
com informações do g1
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