Mais uma boa notícia para o comércio no setor de supermercados: o carrinho de compras tá bombando. Segundo a pesquisa Índices de Consumo em Supermercados e Restaurantes, da Alelo (empresa de benefícios) em parceria com a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), a população está consumindo mais. Comparando janeiro e abril sobre igual período de 2024, os supermercados registram crescimento em três dimensões avaliadas: número de transações (8%), valor transacionado (17,3%) e tíquete médio (8,6%).
Gerente de Ciência de Dados e IA da Alelo, Maiara Souza disse que o setor se mostrou ‘incrivelmente resilientes no passado recente’, mas, há um sinal amarelo aceso. “Ainda que os indicadores tenham se mostrado robustos na largada do ano, a Selic a 14,75% é um alerta para os varejistas. O aumento dos juros e sua possível manutenção em patamares elevados por muito tempo é um remédio amargo para conter pressões inflacionárias”, afirmou.
O bom momento da economia e o problema dos juros é tratado pela Associação Paulista de Supermercados (Apas), ao afirmar que o crescimento de 3,4% do PIB ano passado ficou acima da expectativa e puxou consigo os bons resultados da cadeia supermercadista. “No entanto, os efeitos da Selic de dois dígitos têm chegado ao consumidor. O que irá pesar ainda mais na disponibilidade de consumo das famílias brasileiras”, diz Felipe Queiroz, economista-chefe da entidade.
Segundo Maiara Souza, “um fator que pode ter ajudado a manter a alta dos últimos meses são as políticas de valorização do salário mínimo, o apoio a programas de transferência de renda, como o Bolsa Família, e os benefícios corporativos.”
MELHORAR SALÁRIOS E PPLR
Para o presidente da Federação dos Comerciários (FEC Bahia), Jairo Araújo, é importante todos os setores do comércio estarem fortes financeiramente, para abrir novas lojas, gerar mais empregos e dinamizar as economias das cidades.
“Por isso, lutamos para melhorar os salários e que, especialmente, as médias e grandes empresas melhorem os programas de PPLR (lucros e resultados) aonde existem e sejam implantados aonde não existem. É essencial que as empresas usem parte desses bons números para melhorar as finanças de quem faz os supermercados serem essa força: os comerciários e as comerciárias.
Com informações do Mercado & Consumo e Agência DCNews
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