Durante entrevista à Jovem Pan e em seu programa eleitoral, o presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou que o portal UOL mentiu e que sua família não utilizou dinheiro em espécie em transações imobiliárias que somam R$ 25,6 milhões nos últimos 30 anos.
Assim, os jornalistas Juliana Dal Piva e Thiago Herdy, do UOL, divulgaram documentos que comprovam que a família Bolsonaro fez uso de dinheiro vivo para quitar 51 das 107 transações imobiliárias realizadas no período. VEJA A MATÉRIA AQUI.
Bolsonaro afirmou que a reportagem do UOL, que levantou o escândalo, tentou confundir o uso do termo “moeda corrente nacional” com “dinheiro vivo”. “Em qualquer escritura está escrito moeda corrente”, disse ele.
O UOL desmente a versão com detalhes de como foi adquirido cada imóvel, quanto foi pago por cada um e de que forma. Os dados estão acompanhados de documentos oficiais. A reportagem também entrevistou parte dos vendedores e consultou os próprios cartórios de notas.
INVESTIGAÇÕES NA JUSTIÇA
A reportagem destaca que 17 transações imobiliárias registradas pelo clã são citadas em investigações do Ministério Público do Rio de Janeiro “a partir de dados de quebra de sigilo, sobre o esquema de rachadinha nos gabinetes de Carlos e Flávio Bolsonaro” e que “outros 24 imóveis estão em São Paulo, estado em que cartórios devem declarar em escrituras formas de pagamento, ‘se em dinheiro ou cheque (…) ou mediante outra forma estipulada pelas partes’”.
“No Rio, o Código de Normas da Corregedoria Geral de Justiça estadual determina desde 1999 que na lavratura de atos notariais conste a “declaração de que foi pago em dinheiro ou em cheque, no todo ou em parte, discriminando, neste caso, valor, número e banco contra o qual foi sacado”, diz um outro trecho da reportagem.
com informações do UOL
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