Matéria da Folha de S.Paulo revela que dezenas de funcionários da Caixa Econômica que chegaram ao topo da carreira estão lotados em agências bancárias ou subaproveitados. O jornal encontrou ex-dirigentes com salários de até R$ 45 mil dividindo as mesmas funções com servidores recém-ingressados e ganhando cerca de R$ 3.000, que entre outras atividades organizam filas.
O caso está sendo investigado pelo Ministério Público do Trabalho. Em um documento enviado ao órgão, a Caixa afirma que, só em Brasília, 123 funcionários foram transferidos da matriz para agências bancárias em um intervalo de 90 dias entre o final de 2020 e o começo de 2021.
Entidades que representam os bancários contestam a empresa e dizem que o contingente de transferidos é maior. Em fevereiro, o inquérito foi prorrogado por mais um ano. As entidades sindicais dizem ainda que, em alguns casos, as movimentações feitas pelo banco queriam forçar os funcionários mais antigos a deixar a empresa por meio do programa de desligamento voluntário.
Em nota, a Caixa disse que “realiza a movimentação interna de seus empregados conforme a legislação em vigor e observando as necessidades estratégicas do banco”. A empresa afirmou ainda que existem investigações internas em andamento, que o Conselho de Administração determinou a contratação de empresa externa e independente para verificar todos os casos e que o canal de denúncias é gerido por entidade externa, que se responsabiliza pela preservação da identidade dos denunciantes.
ABSURDO
Para se ter ideia do absurdo, um funcionário com 30 anos na Caixa e chegou ao cargo de diretor-executivo atua em uma agência bancária no atendimento ao público — atividade que ele exercia em 1989, quando ingressou na empresa. Mesmo no cargo mais baixo da agência, o funcionário ganha cerca de R$ 38 mil por mês.
Segundo ele, seu trabalho hoje é atender públicos como o do Auxílio Brasil e do FGTS, fazer senhas e cadastra o celular dos beneficiários. Ele afirma que são funções típicas do início da carreira e que seu atual trabalho não justifica o salário. O servidor diz que fez diversos cursos e certificações pagos pela Caixa, além de uma pós-graduação na área em que atuava.
GRIFO NOSSO – O banco está se revelando uma Caixa de absurdos!
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