Para debater os cortes na educação de nível superior, a Universidade Federal da Bahia (UFBA) promove, às 10h desta terça (21) a mesa “UFBA Contra o Obscurantismo: Em Defesa da Educação, da Ciência, da Cultura e das Artes”. O ato foca a situação delicada atravessada pelas Instituições de Ensino Superior (IES) públicas, cujo funcionamento pode ser colocado em risco por conta dos cortes e bloqueios orçamentários realizados pelo Governo Federal.
O evento será transmitido no canal oficial da universidade no YouTube (youtube.com/TVUFBA) e terá a presença do atual reitor João Carlos Salles e de membros das pró-reitorias da instituição. O ato integra o “Dia Nacional de Não aos Cortes em Educação em Ciência”, organizado por um conjunto de entidades ligadas à educação. Durante o evento, será lançado o selo “Educação Pública Contra os Cortes”.
O movimento de repúdio, encabeçado pela Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), é de abrangência nacional e prevê uma série de atividades presenciais e virtuais durante todo o dia. Mais tarde, às 16h, o reitor da UFBA estará presente no debate “Não aos Cortes em Educação e Ciência”, também ligado à campanha contra os cortes orçamentários, organizado pela Associação Brasileira de Estudos do Trabalho (ABET) e REMIR Trabalho.
CORTES RECORRENTES
Em 2021, a UFBA sofreu um corte de R$ 6,5 milhões em seu orçamento previsto pelo Projeto de Lei Orçamentária, cerca de 18% do que a instituição precisa para funcionar. Segundo o reitor João Carlos Salles, a situação de descaso vivenciada pela educação superior pública é surreal e as instituições tem reagido de forma clara e contundente, denunciando as consequências das restrições de orçamento para a vida acadêmica.
“No caso da UFBA, o bloqueio atinge o montante de R$26.029.266,00, representando 25,1% do valor originalmente disponível para o ano corrente. Em nosso caso, isso corresponde a aproximadamente quatro meses dos gastos com o pagamento de contratos continuados diversos, que incluem, entre outros: luz e água, segurança e vigilância, limpeza, portaria, transporte, manutenção predial e de áreas de circulação, além de afetar a aquisição de materiais de consumo e o apoio às unidades universitárias”, alerta acrescentando que caso o bloqueio de verba continue a ocorrer, o funcionamento da UFBA para 2022.2 (segundo semestre) pode estar inviabilizado.
com informações do Tribuna da Bahia
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