No último domingo, foi aberto o 8º Simpósio Internacional de Frugivoria e Dispersão de Sementes (FSD), que ocorrerá até o dia 8 de agosto de 2024, no centro de convenções do Hotel Praia do Sol, em Ilhéus, Bahia. O evento é organizado pela Universidade Estadual de Santa Cruz (Uesc) e reúne mais de 260 pesquisadores de 25 países, além do Brasil.
A escolha de Ilhéus como sede do simpósio se deve ao trabalho de um grupo de pesquisadores da Uesc, coordenado pela professora doutora em Biologia Vegetal, Eliana Cazetta. Este grupo investiga o impacto da redução das florestas na frugivoria e na dispersão de sementes. As florestas e agroflorestas de cacau (cabrucas) da região abrigam importantes animais frugívoros, como o Mico-Leão-da-Cara-Dourada e a ave Crejoá, ambas endêmicas e ameaçadas de extinção. Outros destaques são os morcegos e o jabuti.
Frugivoria e dispersão de sementes são interações ecológicas fundamentais para a manutenção da biodiversidade em ambientes megadiversos. Até 95% das árvores de florestas tropicais dependem da frugivoria e da dispersão de sementes para a regeneração de suas populações. “De fato, não existem florestas megadiversas sem o processo de dispersão de sementes mediado por animais,” explica a professora Cazetta, da Uesc.
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