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Trabalhar na cultura é uma “Frias” com secretário armado no governo

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Retrato fiel de um governo que defende armar a população (quem tem dinheiro, é claro) é o que tem acontecido na Secretaria Especial da Cultura, vinculada ao Ministério do Turismo. Segundo relatos, o clima nos corredores é de tensão permanente, porque o titular da pasta, Mario Frias, anda armado, inclusive durante as reuniões.

“Gera mal-estar e desconforto entre funcionários e pessoas que se reúnem com o secretário”, disse uma das funcionárias, além de relatos frequentes de “escândalos e ofensas” dirigidos aos servidores e a terceirizados. “Imagine esse contexto e o seu chefe com arma na cintura. O medo e a sensação de ameaça são constantes”, contou a fonte, que justifica o anonimato ao “receio por integridade física”.

Segundo o site da Polícia Federal, Frias tem uma pistola Taurus de calibre 9mm registrada em seu nome. Obteve o porte em 2020, apresentando como justificativa os riscos que correria ao ocupar o cargo de secretário. Mas, as regras determinam que com o porte, ele poderia circular com arma de fogo “de maneira discreta”.

É, trabalhar na cultura do governo federal acabou sendo uma “Frias”.

A JUSTIFICATIVA DE FRIAS

“Considerando minha condição de Secretário Especial da Cultura, especialmente em um momento político com políticos ataques, ameaças e manifestações violentas contra autoridades que compõem a administração pública federal e, tendo em vista que, na condição de secretário Especial da Cultura, participo de eventos e reuniões em todo Brasil, muitas vezes em meio a protestos e manifestações violentos, faz-se extremamente necessário o porte de arma, ainda mais que frequentemente sou abordado por diversas pessoas para tratativas de vários assuntos, alguns sensíveis e complexos e, às vezes algumas dessas pessoas se constituem de pessoas estranhas a mim e à minha equipe. Tais fatos tem ocorrido desde que fui nomeado para a função e, desde então, tenho sofrido pressões diversas, situações nas quais me vejo em estado de alerta e pelo qual tenho receado pela minha integridade física, dos meus familiares e da minha equipe. Nestes termos, solicito o deferimento do porte de arma ora requerido.”

Com informações do UOL

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