A proposta de subsidiar gasolina para fazer frente a alta de preços dos combustíveis é criticada pelo ex-presidente do Banco Central (BC), Gustavo Loyola. Segundo ele, a instituição já tem uma missão difícil nesta semana, que é decidir a dose exata de juros para combater a inflação.
“Sou contra dar subsídios ou tabelar os preços dos combustíveis. É como tirar dos pobres para dar aos ricos. O governo gasta para rico andar de carro”, afirma hoje o diretor-presidente da Tendências Consultoria.
O encontro do Comitê de Política Econômica (Copom) nesta semana é um dos mais desafiadores para a atual gestão por causa das novas e maiores incertezas criadas pelo conflito iniciado pela invasão da Ucrânia pela Rússia.
DECISÃO DIFÍCIL
De acordo com Loyola, o BC terá que tomar uma decisão difícil: ou acelera a alta dos juros, para responder a um novo choque de aumentos de preços de petróleo e de alimentos, que têm origem externa ao Brasil; ou mantém o ritmo de alta da Selic em meio à economia brasileira ainda pressionada por desemprego elevado e baixa renda.
O conflito entre Rússia e Ucrânia provocou aumentos de preços do petróleo e dos alimentos nos mercados internacionais, e gerou uma nova onda de inflação global. De março do ano passado até agora, a Selic subiu de 2% para 10,75%. Mas a inflação medida pelo IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), indicador usado pelo governo como inflação oficial, também segue avançando, de 6,1% para 10,5% no acumulado em 12 meses.
com informações do iG/Economia
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