Conhecido como o “véio da Havan”, o empresário Luciano Hang confirmou que cogita uma candidatura em 2022. Em entrevista ao site da Jovem Pan, o dono das lojas Havan afirmou que decidirá até abril.
“Vejo tantos candidatos ruins que penso como essas pessoas se candidatam. Nunca tocaram uma birosca, uma máquina de fazer suco de cana, um carrinho de pipoca e são candidatos a presidente, senadores, governadores. Por isso que o nosso país está do jeito que está, são candidatos ruins que não acreditam no capitalismo, no trabalho, na meritocracia como forma de crescimento, e eu fico triste. Pensando nisso, às vezes me dá a vontade de me candidatar e colocar meu nome à disposição dos catarinenses ou dos brasileiros”, disse.
Aliado de primeira hora do presidente Jair Bolsonaro, ele criticou a atuação do chefe do Executivo junto ao Congresso. “O presidente não é o salvador da pátria. Ele pode ter todos os interesses possíveis para querer mudar o país, colocou um grupo de ministros fantásticos, mas não foi muito bem com o Congresso”, disse ele.
Diante do quadro atual, ele não descartou, inclusive, apoiar Sergio Moro. “Moro fez um grande trabalho no Brasil. Sem a operação Lava Jato, talvez o PT estivesse no poder até hoje. A Lava Jato mostrou as entranhas do poder, das estatais brasileiras, o quanto nós somos roubados diariamente. Sobre o candidato que vou escolher o ano que vem, ainda está cedo. Se antecipou muito as eleições no país, devíamos ter trabalhado e, a partir do segundo trimestre de 2022, falar em eleições. Podíamos ter trabalhado as reformas que mais precisávamos. Como fiz em 2018, lá na frente vou escolher o candidato para apoiar”, apontou.
RESUMO DA ÓPERA – Luciano Hang mostra que será mais um a abandonar a “barca furada” que é o governo Bolsonaro. Com estilo caricato, veste-se de verde e amarelo com suas lojas homenageando a estátua da Liberdade (símbolo dos EUA). Foi à CPI e fez propaganda da empresa, mesmo devendo quase R$ 2,5 milhões em contribuição previdenciária (informação publicada pelo jornal O Estado de S. Paulo em 2020), e ainda diz que é roubado diariamente.
Reconhece a atuação política do então juiz Sérgio Moro e da Lava Jato para retirar o PT do poder. É o empresário que critica o Estado na economia, mas conseguiu 55 empréstimos junto ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), entre 1993 e 2014. É uma média de 1,6 empréstimo por ano desde a fundação da empresa. Em valores atualizados, somam mais de R$ 72 milhões (dados obtidos pelo Metrópoles via Lei de Acesso à Informação).
Com informações da JP e UOL
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