Parece que assuntos religiosos tem resposta rápida do governo Bolsonaro, e com dinheiro público. Com a crise entre a Igreja Universal, do bispo Edir Macedo, e o governo de Angola, a União gastou R$ 616,3 mil, apenas nas diárias da viagem do vice-presidente Hamilton Mourão, em julho deste ano.
As informações sobre a viagem foram requeridas pelo deputado federal Marcelo Freixo ao Ministério das Relações Exteriores (MRE). O Itamaraty respondeu nesta na terça (28).
Mourão e mais 30 servidores foram a capital Luanda para a XIII Conferência de Chefes de Estado e de Governo da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP). Durante o evento, o vice-presidente aproveitou, a pedido de Bolsonaro, tratou da crise sobre a atuação da Igreja.
No documento enviado a Freixo, o MRE diz que, nos últimos quatro meses, mais de 90 brasileiros foram deportados do país africano por fazerem parte da igreja de Edir Macedo e que ao encontrar com o presidente da Angola, João Lourenço, Mourão “suscitou o tema”.
MAIS DE R$ 1 MILHÃO
A comitiva viajou para Luanda de aviões da FAB, enquanto os outros 21 servidores do Ministério e de outras secretarias do governo foram de voos particulares, que custaram R$ 609.159,00 aos cofres públicos.
Com base em informações obtidas via Lei de Acesso à Informação, o portal Metrópoles revelou, em agosto deste ano, que o custo da viagem de Mourão à Angola, por motivos dúbios, ultrapassou R$ 1 milhão. A coluna procurou a vice-presidência para se manifestar sobre o assunto, mas não obteve retorno.
RESUMO DA ÓPERA – Agora é rezar para o problema ser resolvido e não precisar mais deslocar autoridades brasileiras para o exterior. Afinal, as embaixadas são para tratar de assuntos como esse.
Com informações do Metrópoles
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