O Sindicato dos Comerciários de Itabuna realizou, nesta sexta (3), um protesto na Americanas que fica na Praça José Bastos, no Centro. Com a palavra de ordem “Em defesa dos empregos na Americanas e punição para os fraudadores”, os dirigentes levantaram uma faixa e distribuiram panfletos para funcionários e clientes.
“Estamos aqui na porta da Americanas para denunciar esse absurdo e pedir aos trabalhadores fiquem atentos dentro da empresa. Os sindicatos estão fazendo ações jurídicas para garantir os direitos dos funcionários”, disse o presidente do Sindicato, Joab Batista.
A vice-presidenta e coordenadora da CTB Sul, Amanda Santos, lembrou o caráter nacional da manifestação. “Vários atos foram realizados nas cidades onde tem Americana no Brasil. É para garantir os direitos de 44 mil funcionários, que estão ameaçados de não receber seus direitos por causa de um golpe dado na empresa por três acionistas”, afirmou.
Presidente da FEC Bahia, Jairo Araújo lembrou de Jorge Lemann também é dono da Ambev. “Essa empresa também está sob suspeita por um rombo contábil de R$ 30 bilhões. Isso, depois de dar um golpe na Americanas com seus dois sócios. O engraçado é que Lemann sempre fala mal do Brasil aonde vai”, ironizou.
AÇÃO NACIONAL
Além de atos em várias cidades do Brasil, as entidades sindicais entraram com Ação Civil Pública na 8ª Vara do Trabalho de Brasília, pedindo que o patrimônio pessoal dos principais acionistas, Jorge Paulo Lemann, Carlos Alberto Sicupira e Marcel Telles, seja destinado ao pagamento de dívidas trabalhistas, independente do processamento da recuperação judicial. Já existem quase 17 mil ações trabalhistas contra empresas do Grupo Americanas, representando um valor total de R$ 1,53 bilhão.
A ação pede que se desconsidere a personalidade jurídica do Grupo Americanas e responsabilize os acionistas principais pelas fraudes contábeis que ocorreram na empresa, o que inflou artificialmente não só o lucro, mas os dividendos distribuídos aos acionistas. São esses três bilionários os maiores beneficiários da fraude. A ação pede ainda que o bloqueio do valor de R$ 1,53 bilhão seja feito na conta pessoal dos sócios majoritários para garantir que os trabalhadores que tenham ações contra a empresa na Justiça possam receber seus direitos.
com informações do Sindicato dos Comerciários
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