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Setor de refeições coletivas tem receio de “se engasgar” com alta dos alimentos

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A carestia dos alimentos no Brasil está deixando o setor de refeições coletivas com receio de “se engasgar”. O segmento é responsável por produzir cerca de 14 milhões almoços servidas diariamente em escolas públicas, hospitais, indústrias, restaurantes populares, locais remotos, como as plataformas de petróleo.

Segundo o vice-presidente da Associação Brasileira de Refeições Coletivas (ABERC) e diretor geral do Grupo LemosPassos, que atua na Bahia e em outros oito estados, Ademar Lemos Jr., a alta dos preços dos alimentos e combustíveis, que se intensificou com o conflito no leste europeu (guerra na Ucrânia), tem colocado o setor em um cenário de grande instabilidade na manutenção dos negócios, que no país gera cerca de 260 mil empregos.

“Com a inflação medida pelo IPC da Fipe na categoria alimentação fora do lar notada em 5%, os impactos são de grandes proporções, tornando-se de extrema urgência acionar o gatilho nas companhias para uma renegociação de acordos”, acrescenta o gestor.

Do último semestre de 2021 até junho deste ano, o índice acumula elevação de 13,40%. De acordo com a ABERC, que está mobilizando o “gatilho”, houve um aumento de 24,1% nos custos de produção de uma refeição em 12 meses (jun/2021 a jun/22). “A gente coloca na régua de custos os gastos proporcionais a tudo que faz parte deste negócio, de salários, insumos, combustível, gás, manutenção, fardamento, EPI’s, entre outros itens”, ressalta Lemos Jr..

Os fornecedores alertam que os reajustes, até então anuais, não suprem os custos. Ainda de acordo com as empresas, a cláusula de renegociação não precisa ter repasse integral e automático do aumento sobre os custos da refeição. “É possível traçar alternativas como alterações nos cardápios, na carga horária que influencia no custo da mão de obra), e até mesmo, divisão de custos para o gás, por exemplo”, dizem os representantes do segmento.

com informações do Tribuna da Bahia

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