Finalmente, o presidente Jair Bolsonaro se filiou ao Partido Liberal (PL), nesta terça (30). No discurso, o ex-capitão disse que a decisão “não foi fácil” e comparou a filiação a um casamento: “Não seremos marido e mulher, seremos uma família. Vocês todos fazem parte dessa nossa família”, disse aos correligionários e ao presidente do PL, Valdemar Costa Neto.
Mas, a lua de mel não será fácil. Muitos avisaram que pulariam do barco. Entre as saídas, tem o vice-presidente da Câmara dos Deputados, Marcelo Ramos (AM), e o ex-ministro Mauricio Quintella, presidente do PL em Alagoas e atual secretário do governo de Renan Filho (MDB).
“Torna incompatível a minha presença no partido. Muito difícil a minha permanência”, admitiu o deputado amazonense ao UOL. Segundo Ramos, a legenda vai perder mais integrantes e sairá com uma bancada menos disciplinada. O parlamentar diz que pode se filiar ao PSB, PSD ou Republicanos. “Só falarei sobre o que farei após a filiação amanhã. Hoje é dia de festa do PL e eu respeitarei isso”, disse ao portal Vermelho.
Além de Ramos, devem deixar a sigla mais quatro deputados federais: Junior Mano (CE), aliado dos irmãos Ciro e Cid Gomes (PDT); Fabio Abreu (PI), aliado do governador Wellington Dias (PT); Sergio Toledo (AL), que já foi do PSB e PDT; e Cristiano Vale (PA), aliado do governador Helder Barbalho (MDB).
RESUMO DA ÓPERA – Essa debandada mostra que é só o começo. Quem convive com Bolsonaro já percebeu como ele conduz alianças políticas, sempre abandonando aliados de primeira hora quando lhe convém. Tem ainda as pesquisas recentes, que mostram um presidente reprovado e rejeitado pela população, indicando que não é nada positivo ter a imagem ao lado de alguém que só tem 19% de aprovação.
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