Enquanto novembro não chega (data limite para mudanças partidárias), a possível filiação de Jair Bolsonaro ao PP continua agitando os bastidores da política baiana. O senador Jaques Wagner (PT), pré-candidato ao governo, pondera que não deve impactar na aliança com o vice-governador João Leão (PP).
O petista aposta na resistência do PP baiano e cita outros estados como empecilho do desembarque. “Se vier acontecer, a resistência aumenta, em Pernambuco, no Rio Grande do Sul, pois tem gente do Eduardo Leite, em Alagoas, sei que Lira [Arthur] não é simpático. Não é fácil um partido que tem inserção nacional, filiar uma figura controversa. É uma figura arestada com muitos lados, com a sociedade em geral, por tudo que ele representa. Não é simples”, revelou.
Com a possibilidade de filiação do presidente, o rompimento da aliança deve ser decidido no diretório nacional do PT. “São coisas que não estão ao meu alcance. São decisões da nacional, torço para que não sejam tomadas, pois cria dificuldade, mas, o meu sentimento é que o PP Bahia é um dos polos objetivos de resistência a essa filiação. Nós estamos dialogando com o PP e meu sentimento é que ele se torna resistência. Independente do que aconteça, não vejo nenhuma disposição de romper nossa aliança. Estou na torcida para que não aconteça”, disse.
LEÃO, GOVERNADOR
Wagner também comentou que a vontade de João Leão em disputar o governo. “É preciso não confundir, eu não posso, nem gostaria e nem quero aliados que não tenham vontade política própria. Se não tiver pretensão não é para estar na política. É normal que ele deseje ser candidato. Em dezembro e janeiro vamos sentar. O fato de se colocar não pretende rachar. Não acho que vai ter racha nenhum. Ele coloca a pretensão. Vamos discutir dentro do Conselho Político, vamos chegar a um denominador para montar a chapa. Não tem mal estar. Se eu quero porque alguém não pode querer. Aqui não funciona assim, todos podem ter vontades”, defendeu.
Com informações do Bahia Notícias
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