Cinco anos sem reajuste salarial e a falta de diálogo por parte do governo estão entre os motivos que levaram os servidores do INSS a decidirem entrar em greve nesta quarta (23), por tempo indeterminado. A categoria reivindica 19,99% de aumento e a revogação da Emenda do Teto dos Gastos (EC 95), que congelou gastos públicos por 20 anos, que prejudica a sociedade, impede reajustes e proíbe que novos servidores sejam contratados.
Segundo o Sindicato dos Trabalhadores do Seguro Social e Previdência Social no Estado de São Paulo (Sinssp), outro ponto da pauta é o arquivamento da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) nº 32, da reforma Administrativa, encamnhada ao Congresso Nacional pelo governo de Jair Bolsonaro (PL). Segundo os servidores, a medida pode acabar com o serviço público, aumentar casos de corrupção e autorizar políticos a contratar um milhão de amigos e parentes.
Os trabalhadores reivindicam ainda a profissionalização da Carreira do Seguro Social; rediscussão do Programa de Gestão; criação do Auxílio Teletrabalho; auxílio saúde e creche, vale-alimentação; a derrubada do veto de R$ 1 bilhão no orçamento do INSS; preservação de agências ameaçadas de fechamento do serviço público.
Ainda de acordo com o Sinssp, o déficit de trabalhadores devido à falta de concursos, sistemas obsoletos, cortes no orçamento e fechamento de agências pioram o atendimento a quem precisa se aposentar ou requerer qualquer outro tipo de benefício.
A GREVE
A paralisação foi definida em plenária no dia 5 de março e seguirá até que o governo negocie com as entidades dos servidores públicos federais. No dia 16, milhares de servidores públicos federais de todo o país ocuparam a Esplanada dos Ministérios reivindicando melhores condições de trabalho e atendimento da pauta protocolada no dia 18 de janeiro, que o governo não quis negociar.
De acordo com as entidades da categoria, nem o ministro da Economia, Paulo Guedes, nem qualquer outro representante do ministério quiseram receber os representantes do Fórum das Entidades Nacionais dos Servidores Públicos Federais (Fonasefe).
com informações da CUT
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