Sob pressão com os constantes aumentos dos combustíveis, que ajudam a inflação subir, e sem pulso na maior estatal do governo, o presidente Jair Bolsonaro disse, nesta quinta (14), ter vontade de privatizar a empresa. Ele justificou a fala ao dizer que, quando os preços dos combustíveis sobem no Brasil, a responsabilidade do aumento sempre recai sobre ele.
“Eu tenho vontade, já tenho vontade de privatizar a Petrobras, tenho vontade. Vou ver com a equipe econômica o que a gente pode fazer, porque o que acontece: eu não posso, não é controlar, eu não posso melhor direcionar o preço do combustível, mas quando aumenta a culpa é minha”, disse em entrevista à rádio Novas de Paz, de Recife (PE).
Bolsonaro reclamou de ser responsabilizado pelo aumento no preço do gás de cozinha, e lembrou que zerou o imposto federal incidente sobre o produto. “Aumenta o gás de cozinha, a culpa é minha, apesar de ter zerado imposto federal, coisa que não acontece aí por parte de muitos governadores”, continuou.
É importante lembrar que a privatização da Petrobras é defendida pelo ministro da Economia, Paulo Guedes. O presidente, no entanto, mostra dubiedade em suas posições. Quando era deputado federal, Bolsonaro tratava a Petrobras como empresa estratégica para o setor energético, defendendo que a estatal ficasse sob responsabilidade do governo.
RESUMO DA ÓPERA – O presidente não consegue explicar como, em outros governos, a política de preços da Petrobras não era atrelada ao dólar, sendo uma empresa competitiva e batendo recordes em produção de petróleo e lucros. Mas, ele permite isso, mesmo indicando o presidente da estatal. Sem noção do que é ser presidente e gerir o Estado para proteger os que mais precisam e direcionar políticas estratégica, coloca sempre a responsabilidade nos outros. Tornou-se um presidente desnecessário.
Com informações do Metrópoles
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