Atualmente, os consumidores brasileiros estão sob a bandeira tarifária verde, o que não adiciona cobrança a mais em suas contas de luz. Mas a situação deve mudar por conta da seca no Norte do Brasil. Os meses sem chuva começaram antes do normal e, para piorar, o período ocorre na região após o ano passado ter registrado a pior seca em décadas.
Com isso, a geração hidrelétrica no Norte está cerca de 30% menor que a vista há um ano. Dados do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) mostram que o subsistema Norte gerou, em 19 de agosto, 2.736 MW médios em usinas hidrelétricas. Em 20 de agosto do ano passado, as mesmas usinas hidrelétricas da região geraram 3.926 MW.
A queda da produção na geração pode ser explicada por dois fatores. Primeiro, a redução do nível dos reservatórios da região. O reservatório Balbina, por exemplo, no rio Uatumã, tem água em apenas 30,7% da sua capacidade total, sendo o terceiro reservatório com menor nível do Sistema Integrado Nacional.
Mas, a seca não afeta apenas o nível dos reservatórios. A maior usina da região, Belo Monte, foi construída sem um reservatório de água, mas sofre igualmente com a falta de água. Na usina de Santo Antônio [no rio Madeira], a poucos quilômetros de Porto Velho [Rondônia], a geração diária tem sido cerca de 20% menor que há um ano. Em Jirau, no mesmo rio [área mais próxima da Bolívia], a produção está praticamente estável, com leve queda de 1%.
Para minimizar a situação, o ONS recomendou o acionamento antecipado de termoelétricas. Essas usinas usam gás ou diesel para gerar eletricidade. Isso garante o fornecimento, mas há um custo: é mais caro, e a conta é dividida por todos com o acionamento das bandeiras tarifárias da conta de luz.
com informações da CNN Brasil
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