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Saúde da população negra na Bahia em debate

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Realizada nesta sexta (12), na Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB), em Cruz das Almas, a Conferência Livre Estadual de Saúde da População Negra reuniu representantes de movimentos sociais, de comunidades quilombolas, lideranças de povos de terreiro, gestores públicos, pesquisadores, estudantes, professores e profissionais da área de saúde.

O evento contou com palestra da doutora em Saúde Pública e docente da UFRB, Jeane Tavares, sobre o tema “A Bahia que queremos: implementando a Política Estadual de Atenção Integral à Saúde da População Negra”.  A conferência garante que as demandas desse segmento social estejam em evidência na 11ª Conferência Estadual de Saúde, que acontecerá ainda neste mês.

“Os espaços de participação social contribuem, efetivamente, para que os princípios da equidade e da integralidade em saúde não estejam assegurados apenas na legislação, mas sejam uma realidade na vida das pessoas negras, permitindo que elas acessem também os demais direitos. O Centro Estadual de Referência às Pessoas com Anemia Falciforme Rilza Valentim, implantado em Salvador, foi uma resolução de conferência que saiu do papel no último mês de março”, afirmou a secretária de Promoção da Igualdade Racial e dos Povos e Comunidades Tradicionais (Sepromi), Ângela Guimarães.

Segundo o presidente do Conselho Estadual de Saúde, Marcos Sampaio, “a presença de representantes de diversos municípios baianos e segmentos da sociedade civil na Conferência Livre reforçou a necessidade de aperfeiçoamento nos serviços de saúde”. o pró-reitor de Políticas Afirmativas e Assuntos Estudantis da UFRB, Carlos Alberto de Paulo, propôs mais diálogo entre as universidades e outros centros de produção de conhecimento para o avanço da agenda de saúde da população negra.

GÊNERO E RAÇA

Para a vice-presidenta estadual da União de Negras e Negros Pela Igualdade (Unegro), Mariana Duarte, é importante a intersecção entre gênero e raça na abordagem do tema. “A maioria das mulheres que morrem no parto e no pós-parto são mulheres negras. Então, precisamos exigir políticas públicas de atenção à maternidade, da gravidez ao puerpério, específicas para esse segmento populacional”, exemplificou.

A Conferência teve o apoio da Sepromi; Pró-Reitoria de Políticas Afirmativas e Assuntos Estudantis (PROPAAE/UFRB); Instituto Gonçalo Moniz – Fiocruz Bahia e Escola de Saúde Pública da Bahia Professor Jorge Novis (ESP/BA). Foi realizada pelas entidades: Conselho de Desenvolvimento da Comunidade Negra da Bahia (CDCN); Unegro; Associação Baiana de Pessoas com Doença Falciforme (ABADFAL); Associação de Pesquisadores Negros da Bahia (APNB); Fórum Nacional de Mulheres Negras; Rede Afro LGBT e Rede Nacional de Religiões Afro-Brasileiras e Saúde.

Fonte: com informações da Sepreomi

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