A expectativa do comércio baiano com o São João é de aquecimento das vendas, sendo um dos períodos mais importantes para o varejo, na capital e no interior. A Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo da Bahia (Fecomércio-BA) estima que deve ser movimentado cerca de R$ 2 bilhões, um crescimento de 2% em relação ao ano passado.

Os festejos juninos são um motor socioeconômico poderoso, com shows, quadrilhas, comidas típicas e muita tradição. Fortalece o comércio, impulsiona o turismo e gera renda no estado, contemplando pequenos ambulantes e lojistas. Em shoppings e lojas de rua, os estoques de vários produtos giram com rapidez. Os alimentos típicos, também, impulsionam o consumo.

Outro boa notícia é que o milho (base de muitos pratos juninos) teve queda de quase 13%, segundo o IBGE. O fubá de milho ficou 4,37% mais barato, aliviando os custos da tradicional mesa junina. Itens como leite longa vida e leite condensado subiram cerca de 10%, podendo impactar algumas receitas. “Mesmo assim, a tradição pesa mais. As famílias fazem questão de manter os pratos típicos na mesa”, comenta Guilherme Dietze, consultor econômico do Sistema Comércio BA.

FORÇA DA FESTA

Uma pesquisa divulgada pelo Serasa revelou que o comércio local cresce 61% na Bahia durante o período junino. Alimentação (67%), entretenimento (63%), vestuário (57%), agricultura (45%), artesanato (24%) e serviços (23%) são os setores mais impulsionados. Foram entrevistados 344 baianos, e 82% disseram esperar gerar renda extra com as festas. Desses, 54% planejam usar o dinheiro para quitar dívidas.

O impacto também é significativo para o turismo. A Fecomércio-BA projeta R$ 550 milhões de faturamento no setor, com crescimento de 7,4%. A rodoviária de Salvador, por exemplo, já registra há dois anos o maior fluxo de passageiros no mês de junho, superando até mesmo os períodos de férias e Natal.

com informações da Fecomércio-BA