A Auditoria Fiscal do Trabalho constatou, dia 30 de novembro, que uma mulher trabalhava há 35 anos sem direitos trabalhistas e nem salário, uma situação análoga à escravidão. Com 59, ela cuidava de serviços domésticos para a manutenção de um imóvel onde uma família residia na cidade de São Gonçalo, perto de Feira de Santana.
Ela foi resgatada, mas a ação ainda continua, já que há uma negociação o pagamento dos salários e direitos atrasados. A mulher, que também residia na casa onde trabalhava, também teria sido vítima de maus tratos e violências psicológicas e diversas violações de direitos.
Com argumento absurdo, os empregadores alegam que a vítima não prestava trabalho doméstico, apenas atuava de modo voluntário no âmbito familiar.
Segundo a fiscalização, a mulher está em um abrigo desde o dia do resgate e deve passar a residir com a sua própria família em breve. A mãe e o irmão da dela também prestaram serviços domésticos, sem salários, para essa mesma família; a genitora trabalhou na fazenda da mãe da empregadora até a morte, enquanto que o irmão se manteve nessa situação até os 27 anos, quando fugiu.
O resgate foi coordenado pela Auditoria-Fiscal do Trabalho na Bahia e contou com a participação do Ministério Público do Trabalho, Defensoria Pública da União, Polícia Militar e Serviço de Assistência Social do Estado.
com informações do BNews
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