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Renda melhor e ascensão social: Brasil volta a ser país de classe média

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Em dois anos do governo Lula (PT), o Brasil voltou a ser um país de classe média. É o que aponta o levantamento da Tendências Consultoria, obtido pelo jornal O Globo. Foi constatado que 50,1% dos domicílios estão nas classes C para cima, representando uma renda mensal domiciliar acima de R$ 3,4 mil. Em 2023, os domicílios das classes C, B e A representavam 49,6%.

Segundo o estudo, a melhora no emprego é o principal fator responsável pela ascensão social dos brasileiros. “Desde 2023, houve migração importante das famílias da classe D/E para a classe C, decorrente da melhora significativa do mercado de trabalho no pós-pandemia”, explica a economista Camila Saito.

Camila explica que as classes C e B são tipicamente as de classe média, cuja principal fonte de renda vem do trabalho. “A massa salarial (total dos ganhos de todos os trabalhadores) aumentou nos últimos anos com a retomada da economia após a pandemia e a valorização real do salário mínimo em 2023 e 2024, após anos sem reajustes acima da inflação. Isso acarretou melhor desempenho dessas classes em relação às demais”, disse.

FATOR EMPREGO

O estudo revela que a massa de renda total no ano passado (salários, benefícios sociais, aposentadorias e pensões, e outras rendas como juros de investimentos) subiu, em média, 7% no país. Na classe C, este avanço foi bem maior, de 9,5%. Neste estrato social estão as famílias com rendimento domiciliar entre R$ 3,5 mil e R$ 8,1 mil. Na classe B (domicílios com rendimentos entre R$ 8,1 mil e R$ 25 mil), o avanço nos ganhos foi de 8,7%.

A classe C deve ter um desempenho melhor do que a média nacional em 2025. A Tendências prevê expansão de 6,4% na renda deste grupo, contra 3,8% para o conjunto dos brasileiros. “Mas, em qualquer recorte, será um desempenho aquém de 2024, que resultará em uma mobilidade social mais lenta. Nossas estimativas consideram uma tendência de lenta mobilidade social das famílias para classes de renda superiores. A mobilidade social das classes D e E deve ser reduzida nos próximos anos, acompanhando um fenômeno típico de países com alta desigualdade”, afirmou a economista.

Para Camila Saito, o emprego é o principal meio de redução da pobreza, mas não é condição suficiente para superá-la. “Diante das baixas remunerações, elevadas desigualdades entre grupos de população ocupada, altas taxas de informalidade e marcante heterogeneidade entre os setores produtivos”, destacou.

com informações de O Globo / Foto: Brasil Escola/UOL

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