Quem sofre com diabetes tipo 2 tem uma excelente notícia: a tirzepatida, substância do remédio Mounjaro, indicou redução significativa de risco de progressão para diabetes tipo 2 em adultos com pré-diabetes e obesidade ou sobrepeso, ao longo de 176 semanas. Aprovado no Brasil pela Anvisa, o remédio ainda não é comercializado no país, mas brasileiros têm importado a substância para fazer o tratamento aqui, conforme reportagem do Jornal Correio no mês de junho.

Os dados foram divulgados no dia 14, pela farmacêutica Eli Lily, responsável pelo medicamento. Segundo a pesquisa, houve perda de peso sustentada de 22,9% (dose de 15 mg) durante os três anos do estudo.

“Indivíduos tratados com tirzepatida perderam em média até 23% do seu peso corporal e mantiveram essa perda por mais de três anos, enquanto se beneficiaram de uma redução substancial no risco de desenvolver diabetes tipo 2. Em termos absolutos, quase 99% dos indivíduos tratados com tirzepatida permaneceram livres de diabetes após 176 semanas. Esses resultados são impressionantes, dado o grau de redução de peso sustentada e a diminuição do risco de diabetes”, explicou a diretora do Yale Obesity Research Center, Ania Jastreboff.

Segundo o vice-presidente sênior de Desenvolvimento de Produtos da Lilly, Jeff Emmick, no estudo de três anos de tirzepartida, a redução de peso foi acompanhada por uma razão de risco de 0,06 para a progressão para diabetes tipo 2 – o que significaria uma redução de risco de 94%. “Esses resultados destacam o papel crítico do manejo de longo prazo com tratamentos eficazes, como a tirzepatida, para alcançar e manter a redução de peso”, afirmou.

Diretor médico da Eli Lilly do Brasil, Luiz Magno destacou as novas descobertas. “Representam resultados sem precedentes de um tratamento para reduzir a glicemia e peso corporal de forma sustentada por três anos. Reforçam nosso entusiasmo com relação ao potencial de tirzepatida para tratar uma doença que já afeta mais de 15 milhões de brasileiros. E demonstra um potencial em auxiliar pacientes com obesidade, condição que afeta cerca de 25% da população adulta do país”,

com informações do Bahia Econômica