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Relatos de médico e paciente na CPI mostram show de horrores da Prevent

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O advogado Tadeu Frederico de Andrade, paciente,

Novos depoimentos na CPI da Covid vão revelando um show de horrores da empresa Prevent Senior. Nesta quinta (7), os depoimentos do advogado Tadeu Frederico de Andrade, paciente, e do médico Walter Correa de Souza Neto, reforçam uma série de absurdos praticados pela operadora de plano de saúde.

Tadeu afirmou à CPI que médicos da operadora usaram o prontuário de outra paciente para tentar convencer a família dele a tirá-lo da UTI e enviá-lo aos cuidados paliativos. Segundo ele, os médicos alegavam que ele não tinha mais cura. Relatou que uma médica da Prevent disse a suas filhas que, nos cuidados paliativos, “teria maior dignidade e conforto, e meu óbito ocorreria em poucos dias”. Os equipamentos da UTI que o mantinham vivo seriam desligados.

No depoimento, advogado contou que, primeiro, a médica tentou obter de uma filha sua o consentimento para desligar os aparelhos que o mantinham vivo. A filha recusou. Em seguida, segundo o relato, as duas filhas de Tadeu foram chamadas para uma reunião com três médicos da Prevent, quando apresentaram, como se fosse de Tadeu, um prontuário de outra pessoa.

“Nessa reunião, eles tentam convencer minha família de que, pelo prontuário na mão, eu tinha marcapasso, eu tinha sérias comorbidades arteriais e que eu tinha uma idade muito avançada. Esse prontuário não era meu, era de uma senhora de 75 anos. Eu não tenho marcapasso. A única coisa que tenho é pressão alta. Sempre tive”, relatou Andrade. Ele contou ainda que, no prontuário dele, a médica incluiu que a família tinha permitido a ida para os cuidados paliativos, o que, segundo Andrade, é uma “mentira”.

“COERÇÃO AOS MÉDICOS”

Já o médico Walter Correa de Souza Neto, ex-funcionário da Prevent Senior, afirmou que havia política de “coerção” na empresa e que recebeu ameaça após ter feito denúncias contra a operadora. Durante o depoimento, foi exibido o áudio de uma conversa telefônica entre Souza Neto e Pedro Benedito Batista Junior, diretor-executivo da Prevent.

Na gravação, o diretor diz, entre outras coisas, que o médico deveria “voltar atrás” e dizer para a imprensa que, quando fez as denúncias, passava por “um mal momento”. “Você tem muito a perder, velho. É sua vida, é sua família, cara, que vai ser exposta”, afirma o diretor no áudio, acrescentando que não era ameaça, mas, sim um “conselho”.

A Prevent vem negando as acusações e denúncias, afirmando que sempre atuou dentro dos parâmetros éticos e legais.

Com informações do G1 e UOL

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