O banqueiro ministro Paulo Guedes e o presidente Bolsonaro seguem na linha de apertar ainda mais a situação dos trabalhadores. Agora, a reforma tributária pode acabar o vale-refeição e o vale-alimentação que muitas categoria recebem das empresas.
Além de prejudicar os trabalhadores, afeta as empresas que oferecem os benefícios, pois elas podem abater essa despesa do IR (Imposto de Renda) no regime de lucro real. Especialistas dizem que o fim da isenção pode incentivar os patrões a cortarem o benefício.
Economista-sênior da CNC (Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo), Fabio Bentes declarou que a proposta atinge o setor de bares e restaurantes.
Para o presidente da Abrasel (Associação Brasileira de Bares e Restaurantes), Paulo Solmucci, empresas do setor que aceitam pagamentos por meio do vale-refeição podem ter o faturamento ainda mais prejudicado. Ele disse que participava das discussões com o governo para aperfeiçoar as regras do PAT, mas não para acabar com a isenção.
MILHÕES RECEBEM
Segundo o Ministério da Economia, 280 mil empresas oferecem vale-alimentação e vale-refeição para parte dos 22,3 milhões de trabalhadores dessas firmas. Quem não recebe o vale, tem o direito de receber a alimentação pronta. Os benefícios fazem parte do PAT (Programa de Alimentação do Trabalhador), criado em 1976 para reduzir o nível de desnutrição de quem trabalhava com carteira assinada.
Segundo o advogado trabalhista Maurício Corrêa da Veiga, se o fim da dedução dessas despesas for aprovado, as empresas poderão deixar de conceder o benefício. “Se o empregador deixa de conceder esse benefício, isso terá impacto negativo no faturamento de bares e restaurantes, um dos mais afetados pela pandemia, com as medidas que restringem a circulação de pessoas”, declarou.
Com informações do UOL
Compartilhe no WhatsApp
Comments