Grande referência na área da saúde, o Hospital Manoel Novaes, em Itabuna, registrou 24.319 atendimentos nas unidades de obstetrícia e pediatria. A maior unidade materno-infantil do sul recebe pacientes de nove municípios pactuados e do Extremo-Sul, Sudoeste, Oeste, Baixo Sul e Recôncavo. Entre janeiro e outubro, foram registrados 8.122 atendimentos pelo Sistema Único de Saúde (SUS) na obstetrícia, 16.197 na pediatria. No acumulado do período, são 3.297 internamentos na obstetrícia e outros 2.554 na pediatria.
Mas, o sucesso vem acompanhado de um problema: mais de 50% desses pacientes deveriam ser atendidos em outras unidades de saúde, pois são moradores de municípios não pactuados com Itabuna ou são de baixo risco. A corrida por uma vaga no Manoel Novaes tem gerado superlotação, principalmente dos leitos de pediatria e obstetrícia. “É uma situação muito delicada porque a quantidade de leitos é limitada. Outro complicador é que a maioria dos pacientes que chegam não são regulados, como deveriam ser”, explica a diretora técnica do hospital, Fabiane Chávez.
Segundo a médica, o envio de pacientes sem regulação tem gerado transtornos, sobrecarregado as equipes e aumentado o tempo de espera acima do habitual. Além disso, muitos casos são de baixa complexidade e deveriam ser resolvidos nas unidades básicas de saúde (UBSs), em unidades de pronto atendimento (UPAs) e hospitais de menor porte.
Fabiane Chávez diz que muitos pacientes que são atendidos no Manoel Novaes deveriam ser encaminhados para municípios onde são pactuados. “Só devem procurar o hospital os pacientes que realmente precisam de atendimento de média e alta complexidade que são moradores dos municípios conveniados para porta aberta. Os demais devem buscar assistência para onde foram pactuados, pois não temos como atender todo mundo, inclusive pessoas de cidades que contam com hospitais”, alerta.
com informações da Santa Casa
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