A relação entre grau de pobreza de uma população e suas condições de saúde foi debatido pelo médico epidemiologista e mestre em Saúde Comunitária, Maurício Barreto, durante entrevista à Rádio Metrópole, nesta quinta (27). Ele é um dos quatro professores do Instituto de Saúde Coletiva (ISC) entre os dez cientistas mais influentes da UFBA no cenário mundial. A colocação é apontada pelo ranking internacional AD Scientific Index 2024, sistema que avalia a produtividade acadêmica de cientistas de diversas áreas.
O pesquisador ressaltou que uma pequena melhora nas condições financeiras de uma família já tem um papel determinante em sua saúde. “Se olhar historicamente as condições de saúde de qualquer população, as grandes transformações que ocorrem são relacionadas às mudanças nas condições de vida da dela”, afirmou.
Segundo Maurício, com a redução da pobreza há uma melhora na capacidade de compra dos indivíduos e concomitantemente há avanço nas condições de nutrição. “Só nos últimos anos as crianças do Brasil cresceram 1 cm em altura. Isso está relacionado à capacidade e ampliação do acesso à alimentação principalmente do ano 2000 para cá, com o Bolsa Família e outros benefícios que têm permitido a ampliação desse acesso [à alimentação]”, pontuou.
O epidemiologista destacou ainda que a melhora financeira das famílias produz redução no nível de estresse da população. “E uma mera redução [nos índices de pobreza] faz com que a taxa de suicídios caia em 50% e 20% na mortalidade infantil, somente com o Bolsa Família”, explicou.
com informações do Metro1
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