O ex-juiz Sérgio Moro (Podemos) pode desistir da candidatura a presidente para tentar uma vaga no Senado. Isso acontecerá se ele não decolar nas pesquisas. Segundo interlocutores ouvidos pela colunista do Uol, Carolína Brígido, se o ex-ministro de Bolsonaro não chegar aos 15% até fevereiro, abandonará a disputa presidencial para tentar ser senador.
Mas, não é só isso que pesa. A tese é de que Moro precisa de um mandato para ter foro privilegiado. A preocupação veio após a decisão do ministro Bruno Dantas, do TCU (Tribunal de Contas da União), que mandou a consultoria americana Alvarez & Marsal revelar os serviços prestados e os valores pagos a ele. Trata-se do escritório que Sergio Moro atuou como administrador judicial da Odebrecht, empreiteira investigada pela Lava Jato – e, portanto, alvo de decisões do então juiz na época.
O subprocurador-geral do Ministério Público junto ao TCU, Lucas Furtado, que pediu a Dantas para adotar a medida, suspeita que Moro tenha atuado em um cenário de “conflitos de interesses, favorecimentos, manipulação e troca de favores entre agentes públicos e organizações privadas”.
As informações prestadas pela consultoria americana podem servir como base para a abertura de uma investigação judicial contra Moro. Assim, como senador ou presidente, ele responderia perante o STF (Supremo Tribunal Federal).
RESUMO DA ÓPERA – O ex-juiz sente como é diferente fazer política sob o manto do judiciário e ter que debater ideias e projetos para um país em crise, disputando com candidatos que têm experiência na vivência da disputa real. Moro viu como está bastante rejeitado nas pesquisas e aponta o plano B prevendo um vexame nas urnas. Estaria Sergio Moro com dois medos? Primeiro, ter uma votação pífia, confirmando que o herói do combate à corrupção era uma farsa. Ou ter que enfrentar Lula em um segundo turno, um debate mais que aguardado.
Com informações do Bahia Notícias
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