No jogo entre Atlético-MG e Corinthians, na última quarta (10), mais um fato lamentável de racismo e violência. Uma funcionária de um dos bares do Mineirão denunciou ter sido agredida fisicamente e sofrido ataques racistas ao ser chamada de “lixo” e “macaca” por um torcedor. Ao jornal O Tempo, Bruna Araújo Campos, de 36 anos, afirmou que são frequentes os xingamentos de torcedores contra funcionários e que registrou um Boletim de Ocorrência.
Segundo a funcionária, o homem queria que ela pegasse uma cerveja em um setor que não era autorizada. “Eu expliquei e ele começou a me agredir verbalmente, me chamou de lixo, de macaca, e falou que iria me pegar na saída”, disse.
No fim do expediente, ela foi surpreendida pelo torcedor atleticano no banheiro. Ele deu uma rasteira em Bruna e a queda foi tão forte que ela sofreu uma luxação no braço e no pulso. Além disso, o telefone dela foi quebrado. “Eu tinha acabado de terminar de pagar ele, parcelei no cartão de uma amiga”, contou.
Além de ter dito que não teve suporte nenhum do Mineirão, Bruna afirmou que, até agora, não teve retorno da empresa que a contratou. Ela declarou estar com medo, mas disse que não pode parar de trabalhar, já que é mãe e está desempregada.
ESTÁDIO E CLUBE REPUDIAM
A administração do Estádio informou que já verificou que as imagens da agressão estão registradas e à disposição da Polícia Civil. “O Mineirão repudia qualquer ato de discriminação ou preconceito de gênero, raça, cor e orientação sexual. O estádio vem atuando em colaboração às autoridades de segurança”, diz a nota.
Também por nota, o Atlético repudiou os assédios registrados no estádio e pediu que os torcedores os denunciem. “O Atlético manifesta absoluto repúdio aos casos de importunação sexual registrados nos últimos jogos no Mineirão. O clube irá atuar de forma contundente junto às autoridades e à segurança do estádio, no sentido de coibir essa prática e exigir punição aos infratores”, informou.
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