Se depender da Secretaria Especial de Cultura do governo federal, a conservação e manutenção do Centro Técnico Audiovisual (CTAv) serão feitas por uma empresa sem funcionários e sediada em uma caixa postal dentro de escritório virtual. As informações são de O Globo, confirmadas pelo portal Metrópoles.
A Construtora Imperial Eireli foi contratada por R$ 3,6 milhões, sendo que o secretário Mario Frias assinou a portaria dispensando a licitação, desmentindo a Secretaria, segundo a qual a contratação da empresa não foi feita pelo secretário. O edifício da União reúne relíquias do cinema nacional em Benfica, na zona norte do Rio de Janeiro, e corre risco de incêndio e desabamento.
Segundo reportagem do jornal, a empresa é da Paraíba, foi aberta em maio de 2019 e pertence a Danielle Nunes de Araújo. No ano passado, ela teria se inscrito no programa de auxílio emergencial do governo para receber o benefício que ajudou pobres durante a pandemia de Covid-19.
SEM FUNCIONÁRIOS
Levantamento do Globo, com base em dados do Ministério da Economia, mostra que a Construtora Imperial não registrou nenhum funcionário em sua última declaração da Relação Anual de Informações Sociais (RAIS), entregue em 2019, ano em que foi fundada.
Ao ser questionada, Danielle declarou que o contrato era para “demolir e reconstruir um prédio lá no Rio”. Entretanto, o edital de contratação da Secretaria Especial de Cultura não estabelece “demolição” do prédio. O documento diz que o objetivo é contratar “serviços técnicos especializados na área de engenharia para manutenção preventiva, corretiva, conservação predial e arquitetônica”.
Com informações do Metrópoles
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