Uma nota técnica da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), emitida na noite desta quarta (12), alerta para o índice de ocupações de UTIs no SUS para Covid no Brasil. Dados do Observatório Covid-19 Fiocruz, mostram um terço das Unidades Federativas e 10 capitais nas zonas de alerta intermediário e crítico.
Entre as capitais, Recife tem 80% de ocupação; Belo Horizonte, 84%; Fortaleza, 88%; e Goiânia, 94%. Todas estão hoje na zona de alerta crítico. Macapá (60%), Maceió (68%), Salvador (68%), Brasília (74%), Porto Velho (76%) e Vitória (77%) estão na zona de alerta intermediário. A análise também indica que, até o momento, o patamar de leitos é diferente do verificado em 2021, quando houve picos de Covid, superlotação de UTIs e falta de oxigênio.
A nota alerta para o crescimento nas taxas de ocupação de leitos pela ampla e rápida proliferação da variante Ômicron no Brasil. Ao mesmo tempo, destaca que “menções a um possível colapso no sistema de saúde, neste momento, são incomparáveis com o que foi vivenciado em 2021″.
Segundo os pesquisadores, o número de internações em UTI hoje ainda é “predominantemente muito menor” do que aquele observado em 2 de agosto, por exemplo, quando já no quadro de arrefecimento da pandemia leitos começavam a ser retirados. O cenário de vacinação avançada no país é o responsável pela menor gravidade das infecções.
Eles destacam que tão importante quanto a reabertura de leitos, é reorganizar a rede de serviços de saúde para dar conta dos desfalques de profissionais afastados. Médicos e enfermeiros têm sido afastados do trabalho devido à contaminação por Covid (Ômicron, Delta ou Gama) e por influenza.
Com informações do Metrópoles
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