Desde abril, o Conselho Federal de Medicina (CFM) proibiu. Mas, clínicas continuam a indicar o chamado ‘chip da beleza’, uma terapia hormonal para fins estéticos. Segundo a médica Karen Seidel, da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia, o dispositivo pode elevar a pressão e causar infarto, além de outros problemas.
“Para uma pessoa que não tem deficiência [de hormônio], você começa a somar os efeitos. Então, você começa a sobrecarregar o seu corpo com excesso de hormônios e isso pode desencadear diversos efeitos, como problemas no fígado, problemas renais, levando à insuficiência renal. A gente pode ter risco do aumento da pressão arterial, até mesmo o risco de um evento cardiovascular, como um derrame cerebral ou infarto agudo do miocárdio”, explica a especialista.
Um caso que comprova os problemas causados é o da advogada Karine Bessone, que decidiu aplicar o ‘chip da beleza’ em 2021. Ao contrário do que foi prometido pela clínica, ela teve ganho de peso, espinhas e suor noturno. Karine diz que, para remediar os efeitos colaterais, a médica receitou mais três chips. “Paguei mais um valor bem expressivo para colocar outro chip. Bem, e hoje está o seguinte, eu tenho os três chips aqui dentro de mim”, conta.
Para justificar a proibição, o CFM diz que não há comprovação científica sobre a segurança para quem usa. E afirma que os médicos que insistirem na indicação desse tipo de tratamento podem sofrer punições que vão de uma advertência, até a perda do registro.
com informações do g1
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