Depois de receber a contribuição dos sete partidos da aliança (PT, PCdoB, PSB, PV, Rede, PSol, Solidariedade), as diretrizes apresentadas pela chapa Lula-Alckmin incorporaram propostas da Federação Única dos Petroleiros (FUP), do Instituto de Estudos Estratégicos de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (Ineep), do Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese).
As teses da categoria petroleira foram aprovadas nas Plenárias Nacionais da FUP, em 2021 e 2022. As bases das diretrizes constam do documento “Nova Política de Petróleo e Gás para a Reconstrução do Brasil”, da Fundação Perseu Abramo, que foi elaborado coletivamente.
“A Petrobrás voltará a ser uma empresa integrada de energia, investindo em exploração, produção, refino e distribuição, e atuando nos segmentos voltados à transição energética, como gás, fertilizantes, biocombustíveis e energias renováveis”, descreve o coordenador geral da FUP, Deyvid Bacelar, em artigo publicado no portal da Federação. Ele afirma que a retomada do papel estratégico da Petrobrás como empresa de energia, ao invés de deixá-la concentrada somente no pré-sal, é destaque das diretrizes do programa.
O documento prevê que o acionista majoritário da Petrobrás (o governo) deve propor claramente uma revisão do Plano Estratégico da companhia para o período 2023-2027, incluindo o aumento da integração vertical, voltando a operar do poço ao poste e ampliação, com maiores parcelas, das energias renováveis no portfólio dos projetos, seguindo a tendência mundial e de seus principais concorrentes.
CARESTIA
“Em meio à conjuntura de escalada da inflação e disparada de preços de combustíveis, orientada pela equivocada política de preço de paridade de importação (PPI), o plano defende a retomada paulatina da participação do Estado na companhia, para ajudar a diluir as tensões com os acionistas privados e retomar o caráter estratégico de atuação de uma petrolífera, como a Petrobrás”, afirma o autor.
Segundo Bacelar, o programa de Lula propõe rever a institucionalidade do setor energético que envolve não apenas a indústria de Óleo e Gás (O&G), mas um extenso conjunto de indústrias cuja renda está atrelada a esse segmento. “Isso significa que as políticas específicas de exploração e produção, refino, gás e renováveis devem passar por transformações para lidar com inúmeros desafios como a destruição de clusters locais com a saída da Petrobrás; a desverticalização de cadeias produtivas; altas de preços de combustíveis; e a dependência de importações, entre outros”, pontuou.
Com informações do portal da FUP
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