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Profissional que não vacinou Bolsonaro reforça fraude no cartão

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O cerco vai se fechando contra Jair Bolsonaro (PL) nas investigações da Polícia Federal sobre as fraudes no cartão de vacina do ex-presidente. Constando no documento como a pessoa que imunizou Bolsonaro no dia 14 de outubro de 2022, a técnica de enfermagem Silvana de Oliveira Pereira teve um dia normal de trabalho naquela sexta-feira, na Unidade Pré-Hospitalar do Pilar, em Duque de Caxias-RJ. Mas, na Emergência e não no setor de imunização.

“Eu desconheço tudo isso”, disse Silvana à Revista Piauí. “Trabalho na prefeitura há alguns anos e não estou entendendo nada”, disse ela, que lamentou ter tido seu nome envolvido no escândalo. A profissional afirmou também desconhecer as duas pessoas apontadas pela PF como operadoras do sistema de informações que teriam feito a inclusão e a exclusão dos falsos dados de vacinação.

Seu nome foi envolvido no esquema criminoso que teria beneficiado o ex-presidente e a filha Laura com a emissão de um certificado de vacinação contra a Covid. Segundo a investigação da PF, seria parte de um plano para facilitar a entrada deles e outros auxiliares do ex-presidente nos Estados Unidos.

Pelo Sistema da Rede Nacional de Dados em Saúde (RNDS), Silvana teria aplicado em Bolsonaro uma vacina da Pfizer, lote FP7082. O registro, porém, é falso, segundo a PF. Outra pessoa que aparece no sistema como tendo aplicado a vacina no ex-presidente é Diego da Silva Pires, em 13 de agosto de 2022, no mesmo local. Por mensagem de WhatsApp à Piauí, ele disse apenas: “Não sou médico”, questionou como a reportagem conseguiu seu número e bloqueou o contato.

BOLSONARO SABIA

Com todas informações obtidas, os investigadores não têm dúvidas de que Bolsonaro tinha “plena ciência” das fraudes. “Os elementos informativos colhidos demonstraram coerência lógica e temporal desde a inserção dos dados falsos no sistema SI-PNI até a geração dos certificados de vacinação contra a Covid-19, indicando que JAIR BOLSONARO, MAURO CESAR CID e, possivelmente, MARCELO COSTA CAMARA tinham plena ciência da inserção fraudulenta dos dados de vacinação, se quedando inertes em relação a tais fatos até o presente momento”, diz o relatório da PF. Para chegar a essa conclusão, listam o fato de que “o acesso ao aplicativo ConecteSUS e as consequentes emissões de certificado de vacinação contra a Covid-19 nos dias 22 e 27 de dezembro de 2022, pelo usuário do ex-presidente da República JAIR BOLSONARO foram realizados no Palácio do Planalto”.

com informações da Piauí

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