Nesta quarta-feira (11), os docentes das Universidades Estaduais da Bahia (UNEB, UESC, UESB e UEFS) irão paralisar suas atividades em todo o estado. A paralisação é parte de um ato unificado, que ocorrerá em Salvador, com concentração no Campus I da Universidade do Estado da Bahia (UNEB), no Cabula, a partir das 6h30. O movimento faz parte de uma luta contínua da categoria por um plano de recomposição salarial, que está em negociação com o governo estadual.
A paralisação foi aprovada em assembleias nas universidades e é vista como um esforço para pressionar o governo a avançar nas negociações. O governo e o Fórum das Associações Docentes (FAD) já se encontram no quarto ciclo de discussão sobre o reajuste. Uma nova reunião está marcada para às 15h desta quarta-feira, na Secretaria de Educação (SEC), para dar continuidade às tratativas. Além disso, as associações docentes já convocaram novas assembleias para o dia 16 de setembro, quando discutirão a possibilidade de deflagração de greve, caso as negociações não avancem.
Desde abril, as Associações Docentes tentam negociar com o governo um plano de recomposição salarial. Pressionado pela ameaça de greve, o governo aceitou discutir a questão em junho, mas as propostas apresentadas até agora foram rejeitadas pela categoria. Os professores pedem um reajuste de 17,42% em dois anos, distribuído em três parcelas de 5,5%, respeitando a data-base de janeiro. Esse índice considera as previsões de inflação para 2024 e 2025 e, segundo o movimento, resultaria em um ganho real de 4,1% ao ano.
Segundo o DIEESE, os docentes das universidades estaduais da Bahia acumulam uma perda salarial de 35% desde 2015. As propostas do governo até o momento foram consideradas insuficientes pela categoria. A mais recente oferta consiste em um reajuste de 5,7% em três parcelas até 2026, o que, de acordo com cálculos do movimento docente, resultaria em um ganho real de apenas 1,15% ao ano, muito abaixo da inflação prevista.
Com informações da FAD e do governo da Bahia
(Foto divulgação)
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