Os docentes da Universidade Estadual da Bahia (Uneb) aprovaram, em assembleia realizada nesta segunda-feira (23), a greve por tempo indeterminado. A decisão foi tomada após a categoria considerar insatisfatória a nova proposta de reajuste salarial apresentada pelo governo estadual na reunião ocorrida na última quinta-feira (19). O movimento grevista está previsto para começar na sexta-feira (26), em conformidade com a legislação vigente, que exige comunicação prévia de 72 horas à administração pública.
A proposta do governo inclui um reajuste acumulado de 13,83% em dois anos, dividido em 6,79% para 2025 e 6,59% para 2026. De acordo com os cálculos apresentados pelos sindicalistas, esse aumento representa uma recomposição salarial de apenas 4,94% acima da inflação prevista pelo Boletim Focus. No entanto, o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) aponta uma defasagem salarial acumulada de 35% desde 2015, devido à falta de recomposição inflacionária nos últimos anos.
O sindicato informou que o movimento grevista seguirá todas as exigências legais e que mais de 30% dos serviços essenciais da universidade serão mantidos durante a paralisação, conforme a determinação do Supremo Tribunal Federal (STF) para garantir a legalidade da greve no setor público.
Com informações da Uneb
(Foto Daniela Rodrigues/ GOVBA)
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