Para quem disse que a mamata acabou, o secretário especial de Cultura Mario Frias terá que explicar a viagem considerada “extravagante” pelo subprocurador-geral Lucas Rocha Furtado. O magistrado entrou, nesta sexta (11), com um pedido para que o Tribunal de Contas da União (TCU) investigue os gastos da ida do secretário para Nova York, sob a alegaçãpo de tratar de um projeto audiovisual com o lutador de jiu-jítsu Renzo Gracie.
A informação foi antecipada pelo jornal O Globo e confirmada pela Folha. A viagem custou R$ 39 mil aos cofres públicos, segundo dados do Portal da Transparência, que cita ainda que o deslocamento de Brasília para Nova York foi pedido com urgência (com menos de 15 dias de antecedência).
Lucas Furtado menciona que há indícios de que os interesses pessoais de Frias e de seu secretário adjunto, Hélio Ferraz de Oliveira – que o acompanhou na viagem – vieram antes do interesse público.
EXTRAVAGÂNCIA
Se o TCU constatar irregularidade no uso do dinheiro público, o subprocurador pede que o valor seja descontado da folha de pagamento dos secretários. Ele chama a viagem de “extravagância”. “Questiono-me sobre a necessidade do vultuoso valor das passagens e da urgência na aquisição delas”, escreve Furtado, afirmando que mesmo viagens de valor baixo devem vir acompanhadas de justificativas.
“Entendo que para todos que utilizam recursos públicos, o momento e de redução de gastos, contenção de excessos, simplificação de procedimentos e aumento de produtividade. É preciso, mais do que nunca, superação, fazer mais com menos”, acrescenta.
Mario Frias afirmou que não pagou essa quantia pela viagem e que a finalidade da viagem “não foi da forma como colocaram nas inverídicas manchetes [de imprensa]”. Ele não disse, contudo, qual valor gastou nem o motivo de ter ido para Nova York. A reportagem questionou a Secretaria de Cultura sobre o que é o projeto audiovisual que o portal cita, mas não obteve resposta.
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