Privatizada, a Eletrobras anunciou que os programas Luz para Todos e Mais Luz para a Amazônia, do Ministério de Minas e Energia (MME), continuarão sendo geridos por mais 12 meses. “Depois, os programas passarão para a Empresa Brasileira de Participações em Energia Nuclear e Binacional (Enbpar)”, informou o MME à Agência Brasil.

“Para garantir uma transição adequada e segura, a Eletrobras ficará por um período adicional na gestão do programa”, disse o MME, que continuará com os programas e vai reformulá-los, “para que sejam ainda mais inclusivos, garantindo o acesso ao serviço de energia elétrica a todos as brasileiras e brasileiros”.

O vice-presidente executivo de Regulação e Relações Institucionais da Eletrobras, Rodrigo Limp Nascimento, disse à Agência Brasil que a companhia, enquanto estatal, tinha a responsabilidade de fazer a gestão de diversos programas de universalização de energia elétrica do governo. “Quando teve a capitalização e a desestatização, foi criada a Enbpar, que passará a ser responsável por esses programas”, disse.

Rodrigo Limp destacou que, passados os 12 meses previstos, todos os programas do MME foram transferidos para a Enbpar. Com exceção do Luz para Todos e do Mais Luz para a Amazônia, que tiveram prorrogado o período de transição por até mais 12 meses.

RESUMO DA ÓPERA – Esse é um dos efeitos danosos da privatização de uma estatal em setor estratégico. Uma empresa privada compra uma companhia do governo (muitas vezes por preço bem abaixo do seu real valor) com tudo funcionando e lucrando. Depois, se achar que não deve mais manter algum serviço ou programa social que atenda a população, acaba. Agora, outra estatal vai assumir o projeto. Por isso, o governo Lula questiona a privatização feita pelo ex-presidente Bolsonaro dessa empresa histórica. O Luz para Todos foi criado em 2003 por Lula, propiciando a 15,9 milhões de brasileiros acesso à energia elétrica.

com informações do iG