Depois de afirmar que policiais federais, rodoviários federais e agentes penais teriam reajuste, mais uma vez o presidente Jair Bolsonaro (PL) coloca a responsabilidade para os outros. Quando houve reação das demais categorias do serviço público, o governo recuou e deixou quieto o assunto.
Agora, Bolsonaro afirmou, nesta sexta (11) à TV Brasil, que ainda pretende conceder reajuste para a área de segurança, mas desde que haja “entendimento” dos demais servidores. Na entrevista, o chefe do Executivo lembrou que o Orçamento de 2022 “reservou” R$ 1,7 bilhão para o reajuste de servidores do setor, mas ressaltou que houve uma “grita geral” por parte de outros funcionários públicos.
“Tenho reservado quase 2 bilhões de reais para conceder reposições à PF, PRF e pessoal que trabalha no sistema penitenciário. Houve uma grita geral, muitos servidores querem aumento também, acho que todos merecem aumento. Mas a pandemia nos deixou em uma situação sem recursos.
Segundo o presidente, “se não houver entendimento” o aumento terá que ficar para o próximo ano. “Se houver entendimento, por parte dos demais servidores, alguns ameaçam greve, a gente pretende conceder essa recomposição aos policiais federais, rodoviário federais e aos agentes penitenciários. Se não houver entendimento, a gente lamenta e deixa para o ano que vem”, disse.
RESUMO DA ÓPERA – Essa posição do presidente revela uma atitude desonesta com os servidores. Ele anunciou o aumento para uma área e recuou, após reação de servidores de outros setores. Agora, coloca a responsabilidade de ter aumento para as categorias do serviço público. Um detalhe sórdido: o entendimento que Bolsonaro propõe é que todos aceitem o reajuste apenas para o setor de segurança. O episódio mostra a maior autoridade do País como alguém fraco e ardiloso, que não tem avaliação de conjunto do serviço público e ainda coloca servidores contra servidores.
Com informações do G1
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