Após três meses de paz, o presidente Jair Bolsonaro voltou a alfinetar o Supremo Tribunal Federal (STF), às vésperas da posse de André Mendonça, marcada para o dia 16. O presidente atacou ministros da Corte depois que Alexandre de Moraes abriu inquérito para investigar sua declaração que atribuiu, de forma falsa, relação entre a vacina da Covid e o vírus do HIV.
Para aquecer ainda mais a temperatura, o ministro Luís Roberto Barroso determinou a adoção de um passaporte de vacina nas fronteiras do país, medida criticada pelo chefe do Executivo e que contraria a recomendação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
Na última terça-feira, durante solenidade no Palácio do Planalto, chegou a comparar o passaporte com uma coleira e disse que preferia perder a vida do que a liberdade, frase repetida pelo ministro da Saúde, Marcelo Queiroga.
O presidente ainda não comentou publicamente sobre a decisão. Porém, já enviou recado aos apoiadores nas redes sociais: caso seja reeleito, poderá indicar mais dois ministros para o Supremo. A decisão de Barroso ocorreu ao final de uma semana em que Bolsonaro abandonou o tom de comedimento em relação aos ministros do STF.
Com informações de O Globo
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